Este espaço foi feito para compartilhar os vestígios da minha dissertação de mestrado apresentada no Programa Interdepartamental de Pós-graduação Interdisciplinar em Artes, Urbanidades e Sustentabilidade (PIPAUS)da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ - MG). A pesquisa tem por intuito investigar a catástrofe ambiental como um possível território para a criação artística cênica.
PRIMEIRO AFLUENTE: QUEM SOU EU E ONDE ESTAMOS
Entendo esse evento como um acontecimento calamitoso de grandes proporções que provoca alterações negativas na área afetada, estando relacionada à nossa ação no meio ambiente.
O termo desastre pode ser entendido como um "resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos, materiais e ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais. A intensidade de um desastre depende da interação entre a magnitude do evento adverso e a vulnerabilidade do sistema e é quantificada em função de danos e prejuízos". BRASIL, Ministério da Integração Nacional, 2007, p. 8.
Contudo, diferente dos desastres naturais que ocorrem sem a atividade humana, o evento catastrófico, no qual essa dissertação aborda, está interligado aos efeitos das mudanças climáticas decorrente das modificações antrópicas no planeta nos últimos dois séculos.
Segundo o documento “Mapeamento de Riscos em Encostas e Margem de Rios” do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Ministério das Cidades, as enchentes são elevações temporárias do nível de água causadas pelo acréscimo de descarga de água, em geral chuvas, provocando um aumento da vazão de um corpo hídrico.
As enchentes ou cheias são fenômenos naturais relacionados ao aumento da vazão do curso d’água de um corpo hídrico, passando do leito menor ao leito maior. Já as inundações correspondem ao transbordamento de águas para áreas marginais que habitualmente não as recebem, ou seja, além do leito maior. Isso ocorre quando, em um período de enchente ou cheia, a vazão da água ultrapassa o nível de descarga máxima da calha de um rio, extravasando o canal principal onde as águas são escoadas.
As inundações somadas aos alagamentos (acúmulo momentâneo de águas em regiões com problemas de drenagem como áreas impermeabilizadas com cimento ou asfalto, solo compactado e o assoreamento de leitos) causam danos aos seres que se encontram nesses locais que, em geral, são áreas de risco, com infraestrutura urbana precária e de recorrente episódios do gênero. A ação humana tem transformado os eventos naturais, como as cheias, em catástrofes ambientais.
A CATÁSTROFE E O ESQUECIMENTO
"Figurar arte em meio a dor dos atingidos por essas calamidades, se torna um campo de sutilezas para lidar com tantas nuances de sofrimento e descaso legado às vítimas e territórios periféricos."
Agora que entendemos quais são os aspectos sobre o território da catástrofe, compartilho as visões artísticas que serão meu ponto de partida para criação cênica neste território
Fazer arte em meio a catástrofe ambiental, vê-la enquanto performance e encontrar um CPCs nela, é, para mim, um tipo de paraquedas. Não podemos continuar se alienando da questão planetária, performando esquecimento e operando a lógica desse sistema que gera dor e mais dor às vítimas de catástrofes ambientais, e que tampouco se preocupa em vislumbrar um caminho de dignidade para os seres e o planeta. É urgente, e se faz necessário, pensarmos uma arte que paute as mudanças climáticas.
O espetáculo “Corpo a Ruir” foi criado para ser executado de maneira itinerante por praças, parques e ruas na busca de espaços onde os rios já não passam mais e os espaços de convivência se tornaram corredores-humanos apenas para passagem. O Coletivo Narciso, sob minha orientação, mergulhou na região central do município de São Roque, em plena madrugada. A proposta artística se desenvolveu em uma série de cenas de caráter performático e de longa duração (4 horas) transmitido de forma online dentro do Climate Change Theatre Action (CCTA) como espaço de disseminação e alcance internacional, a fim de investigar como o corpo sente as mudanças climáticas.
Um dos primeiros pontos que surgiram na elaboração e estruturação da obra foi entender o ato negar como uma ferramenta de esquecimento social e socioambiental, onde o negacionismo ambiental, quando visto enquanto performance, se apresenta como um comportamento restaurado sempre que necessário.
Pensando o corpo como um território possível para a análise através da arte, esse projeto procura traçar caminhos que liguem o Rio Tietê e o viver das pessoas situadas na comunidade do bairro Santa Ella no município de Araçariguama (SP), tentando construir uma obra audiovisual que mostre a vida desses corpos passageiros e duradouros.
Um dos momentos da proposta é de, através de relatos e histórias de quem vive à beira do rio, procurar, durante as aulas de teatro do professor Wesley Furquim, responder e entender como o tempo passa para nós e para essa entidade que corre aquele espaço há milhares de anos: O rio é um ser permanente na paisagem. E nós? O nosso corpo dura quanto? Passa por quanto tempo nessa paisagem? Como podemos conhecer e nos conectar com o rio? Como podemos tratá-lo melhor e protegê-lo para que ele continue sendo tão importante para nós por mais tempo? Se o rio é um corpo permanente nessa comunidade e sempre estará ali, é impossível pensar a educação desses corpos sem pensar na ligação que é criada entre o rio e a vivência.
Por isso projeto pretende fazer lembrar a importância do afeto com o espaço, com suas histórias e tradições, com o sentir e fazer o outro sentir também. O rio já foi o avô e a terra já foi mãe. Esse trabalho se faz pertinente por propor não se esquecer. O esquecimento gera a poluição, a morte e a dor. E não passarei por essa comunidade se estiver sujeito a esquecê-la.
Aqui tento explicar um pouco o exercício de ver o evento catástrofe ambiental "enquanto performance", baseando-me no estudo de performance de Richard Schechner “O que é performance?”. Antes de adentrarmos o exercício, é preciso diferenciar quando algo “é” performance e quando é visto “enquanto” performance. Algo “é” performance, segundo Schechner (2006, p. 38), quando os contextos histórico e social, a convenção, o uso, a tradição, dizem que é. Rituais, jogos e peças, e os papéis da vida cotidiana são performances porque a convenção, o contexto, o uso, e a tradição assim dizem. Já o “enquanto” performance é apontado como a possibilidade de ser estudado uma vez que qualquer ação, comportamento e evento podem ser lidos "enquanto performance".
Na urgência dos tempos em que nos encontramos e inspirados por estudos sobre decolonialidade, artivismo e relações entre artes cênicas e mudanças climáticas, o Laboratório de Ecopoéticas (ECOLAB), coordenado pelo professor doutor Adilson Roberto Siqueira da UFSJ em Minas Gerais, tenta desenvolver em seus trabalhos estratégias para criações que possam contribuir em processos voltados aos princípios de artivismo e sustentabilidade social.
Compreendemos em nossos estudos no ECOLAB os Comuns Performativos Climáticos (CPCs)como todo evento que possa ser um bem comum de modo que proporcione espaços de usufruto, fomento e de organização/gestão em comunidade, e que possa, quando visto enquanto performance, contribuir em discussões, criações e fruição no que tange à promoção comunitária de bens comuns voltados à adaptação individual e coletiva às mudanças climáticas.
Imagem 01: Mostra teatral, 2017. Departamento de Cultura, Itapevi – SP. Fonte: COLETIVO NARCISO, 2023. Arquivo digital de imagens.
Imagem 02: XIV Festival de Teatro Pinhais, 2019. Espaço CEART, Pinhais – PR. Fonte: COLETIVO NARCISO, 2023. Arquivo digital de imagens.
Imagem 03: III Festival Internacional de Teatro Comunitário “Panamérica Utópica”, 2019. Teatro Nelson
Rodrigues, Guarulhos – SP. Fonte: COLETIVO NARCISO, 2023. Arquivo digital de imagens.
Imagem 04: Mapa artístico dois oito tempos performáticas em trânsito (terceira pele). Fonte: COLETIVO NARCISO, 2023. Arquivo digital de imagens.
Imagem 05: I Festival de Teatro Regional, 2019. Sorocaba - SP. Fonte: COLETIVO NARCISO, 2023. Arquivo digital de imagens.
Imagem 06: Há três anos, a barragem da Samarco se rompeu e causou um dos maiores desastres ambientais da história. BBC News Brasil
Imagem 07: Digitonthophagus gazella Fonte: ECOLAB, 2021. Performance online “Corpo a Ruir”, evento CCTA 2021, transmitido pela plataforma online Youtube.
Imagem 08: Uma escola de Bento Rodrigues, distrito de Mariana, ficou totalmente destruída pela lama - 19 pessoas morreram na tragédia. BBC News Brasil
Imagem 09: Perfil esquemático do processo de enchente e inundação. FONTE: BRASIL. Ministério das Cidades. Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Mapeamento de Riscos em Encostas e Margem de Rios. Organização: Celso Santos Carvalho, Eduardo Soares de Macedo e Agostinho Tadashi Ogura. Brasília: Ministério das Cidades. Instituto de Pesquisas Tecnológicas, 2007. p. 89-111.
Imagem 10: Primeira Missa no Brasil, 1860. Victor Meirelles. Óleo sobre tela 268,00 cm x 356,00 cm
Imagem 11: Fotografia compartilhada (arquivo pessoal) pelo pastor evangélico Isac Santos. BBC News Brasil
Imagem 12: Guerrilha, 1835. Johann Moritz Rugendas. Litografia.
Imagem 13: Garimpeiros trocaram tiros com a PF na terça-feira (11) na Terra Yanomami (00:00:36). Portal G1
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Sem indenização, pescadores lutam para sobreviver três anos após tragédia de Mariana. BBC. São Paulo, 05 nov. 2018. Reportagem: Leandro Machado.
LINK: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46100703
Sem indenização, pescadores lutam para sobreviver três anos após tragédia de Mariana. BBC. São Paulo, 05 nov. 2018. Reportagem: Leandro Machado.
LINK: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46100703
Como uma imagem reacendeu um debate histórico sobre índios e religião. Reportagem: Vinicius Lemos. BCC. Cuiabá, 04 set. 2017.
LINK: https://www.bbc.com/portuguese/salasocial-41151841
Cronologia: veja os ataques de garimpeiros à Terra Indígena Yanomami. Reportagem: Juliana Dama, Valéria Oliveira. G1. Boa Vista, 27 mai. 2021.
LINK: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2021/05/27/relembre-conflitos-recentes-entre-garimpeiros-e-indigenas-na-terra-yanomami.ghtml
TEATRO,
PERFORMANCE E
CATÁSTROFE AMBIENTAL:
VESTÍGIOS ARTÍSTICOS EM MEIO ÀS INUNDAÇÕES E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
O QUE VAMOS ENTENDER ENQUANTO ENCHENTES, INUNDAÇÕES E ALAGAMENTOS?
O QUE VAMOS
ENTENDER ENQUANTO
CATÁSTROFE AMBIENTAL?
Imagem 09: Perfil esquemático do processo de enchente e inundação
2018
08º Festival de Teatro Estudantil Vasco Barioni (São Roque - SP):
• Festival não competitivo.
14º FESTIBI (Festival de Teatro de Ibiporã - PR)
• Melhor dramaturgia original
• Melhor cenografia
• Melhor ator
• Melhor atriz coadjuvante
08º FESTI (Festival de Teatro de Itapetininga - SP)
• Prêmio especial de Teatro de Documentário
Indicações:
• Melhor direção e melhor ator coadjuvante
2019
01º FESTÃO (Festival Regional de Teatro - Sorocaba - SP):
• Festival não competitivo
04º PRÊMIO AATA (Espírito Santo dos Pinhal - SP):
• 03º lugar de melhor espetáculo
Indicações:
• Melhor atriz coadjuvante e melhor direção
03º FESTECO (Festival de Teatro Comunitário de Mariana - MG):
• Melhor ator coadjuvante
• Ator revelação
Indicações:
• Melhor Atriz para todas atrizes do elenco
14º Festival de Teatro de Pinhais (Pinhais - PR):
• Melhor texto original
• Melhor direção
Indicações:
• Melhor caracterização, melhor tecnia e melhor espetáculo
03º Festival Internacional de Teatro Comunitário Panamérica Utópica (Guarulhos - SP):
• Festival não competitivo
10º Festival de Teatro Estudantil Vasco Barioni(São Roque - SP):
• Festival não competitivo
2021
02º FESTAR (Festival de Teatro de Araruama - RJ)
• Melhor direção
• Melhor atriz
• Prêmio especial do júri de Narrativa Documental
Indicações:
• Melhor dramaturgia e melhor espetáculo
2022
05º Ato FETEG (Festival Internacional de Teatro de Guaranésia - MG)
CATEGORIA: Espaço alternativo
• Prêmio de atuação: Mariana Novaes
Indicações:
• Visualidades espaciais e espetáculo da categoria
CATEGORIA: Geral
• Prêmio de cartografia da produção artística
• Prêmio de Urgência Discursiva
Indicação:
• Elenco e pesquisa da linguagem.
04º FESTTAQ (Festival de Teatro de Taquaritinga - SP)
Indicação:
• Melhor atriz
LUGARES POR ONDE O ESPETÁCULO NAVEGOU
TERCEIRO AFLUENTE:
TERRITÓRIO CATÁSTROFE
AMBIENTAL
Este áudio traça algumas das minhas visões sobre o território sociopolítico e econômico da catástrofe ambiental relacionado as mudanças climáticas.
Junto a ele, deixo alguns links que podem auxiliar na compreensão como a recomendação de leitura do livro "Epistemologias do Sul" do professor português Boaventura de Sousa Santos e da antropóloga moçambicana Maria Paula Meneses.
CONTEXTO SOCIOPOLÍTICO DA CATÁSTROFE AMBIENTAL
BBC NEWS BRASIL:
• Brumadinho: A tragédia que poderia ter sido evitada.
LINK: https://www.bbc.com/portuguese/resources/idt-sh/Brumadinho
• Chuvas no Nordeste afetam mais de 1,2 milhão de pessoas em 6 meses.
LINK: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-61641084
• Mortes por chuvas em 2022 já superam ano passado inteiro.
LINK: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-61651974
• Tragédia em Brumadinho: As 5 lições ignoradas após tragédia de Mariana.
LINK: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47077083
• Tragédia em Petrópolis: número de mortos sobe para 186 e 71 seguem desaparecidos.
LINK: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-60402524
IBAMA:
• Rompimento da Barragem de Fundão: Documentos relacionados ao desastre da Samarco em Mariana/MG.
LINK: https://www.ibama.gov.br/agenda-da-presidente/index.php?option=com_content&view=article&id=117&Itemid=1022
PORTAL G1:
• Tragédia de Mariana: Corte inglesa começa julgamento para decidir se vai analisar ação bilionária.
LINK: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2022/04/04/tragedia-de-mariana-corte-inglesa-comeca-julgamento-para-decidir-se-vai-analisar-acao-bilionaria.ghtml
BBC NEWS BRASIL:
• Racismo contra indígenas é alimentado o tempo todo, diz artista do povo Yepá Mahsã. Entrevista concedida a Letícia Mori
BBC.
LINK: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd12ed8lkxgo
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SEGUNDO AFLUENTE:
MEU ENCONTRO COM A
CATÁSTROFE AMBIENTAL
E SUAS REVERBERAÇÕES
ARTÍSTICAS
RELATO SOBRE O MEU PRIMEIRO ENCONTRO COM A CATÁSTROFE AMBIENTAL E A CRIAÇÃO ARTÍSTICA CÊNICA RESULTANTE DESSE ENCONTRO
Em entrevista para a BBC News Brasil, a ativista Daiara Tukano do povo Yepá Mahsã (conhecido como Tukano), mestre e pesquisadora em direitos humanos e artistas indígenas da atualidade, discorre sobre o racismo contra povos indígenas ser "alimentado dentro de casa, na escola, nas mídias o tempo inteiro. A gente não debate política no vazio. Se esse racismo, essa violência continua acontecendo no território, se essas pessoas são assassinadas, é porque a arte no livro de história, na escolinha do museu, te diz que índio bom é índio morto ou ajoelhado diante de uma cruz. Ainda hoje tem um monte de gente matando índio, um monte de gente achando que vai evangelizar o índio, tem missionários entrando em terra indígenas. Essa discussão sobre a apropriação cultural é muito importante porque ela nos ajuda na desconstrução dessas narrativas e dessas práticas colonialistas que nós temos introjetadas, que faz parte de uma violência estrutural" (TUKANO, 2023).
LINHAS E SUL EPISTEMOLÓGICO
Imagem 10 - Primeira Missa no Brasil, 1860
Imagem 11 - Fotografia compartilhada (arquivo pessoal) pelo pastor evangélico Isac Santos
Imagem 13 - Garimpeiros trocaram tiros com a PF na terça-feira (11) na Terra Yanomami (00:00:36)
Imagem 12 - Guerrilha, 1835
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MEMÓRIA DO PASSADO
REVERBERAÇÕES NO PRESENTE
O antropólogo Paul Connerton (1999), em “Como as sociedades recordam”, discorre que a forma como lidamos e acessamos o presente vai depender do nosso conhecimento do passado, de modo que o passado se apresenta em acontecimentos e objetos para o presente e o presente se torna diferente de acordo com os diferentes passados que possam ser relacionados. Para o pesquisador, essa relação surge da dificuldade de extração do nosso passado do nosso presente: “não só porque os fatores presentes tendem a influenciar — alguns diriam mesmo distorcer — as nossas recordações do passado, mas também porque os fatores passados tendem a influenciar, ou a distorcer, a nossa vivência do presente” (p. 02).
QUARTO AFLUENTE:
VISÕES ARTÍSTICAS NORTEADORAS
VER "ENQUANTO PERFORMANCE"
COMUM PERFORMATIVO CLIMÁTICO
QUINTO AFLUENTE:
CRIAÇÕES ARTÍSTICAS
CORPO A RUIR
Os objetos artísticos apresentados neste último afluente são resultantes de processos cênicos e performativos que procuram ver a catástrofe ambiental "enquanto performance" e encontrar nela um Comum Performativo Climático.
O RIO E A ESCOLA
ENQUANTO ISSO, QUEIMAMOS.
"Enquanto isso, queimamos" é uma produção fotocênico que traça conexões através poses de grandes líderes mundiais negacionistas em relação as mudanças climáticas, a fim criar uma fissura e transformar esse cenário caótico em um curta cênico-fotográfico que vai de encontro ao seu próprio colapso de corpos que constantemente se desfazem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Temos que parar de performar essa humanidade e dar espaço para performar uma outra ideia de existência que possa ser compatível às necessidades e desafios que nos aguardam no futuro. Precisamos modificar os nossos meios de fruir com o mundo.
Acredito que fazer uma arte cênica que se preocupe com corpos à margem das mudanças climáticas seja o meu modo de sonhar com um outro futuro.